terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Hora de meditar

Novo ano começa e pelos vistos a colocar as garras de fora.


Ora se é ano zero parece-me que é ano de balanço!

Ao longo destes anos preparei-me para ser profissional, executar o que gosto com profissionalismo e investi não só financeiramente como mentalmente em tal gosto.

Ontem quando confrontada com mais uma facada do ministério da educação, tudo num ápice se tornou questionável. Tanta dedicação, tanto sacrífico e o que é certo é que lutamos por um futuro melhor e esse futuro é fraco não só a nível financeiro, a nível de expectativas e principalmente está a tornar-se uma frustração lutar contra a corrente.

Nunca me gostei de render ao mínimo, sempre quis e quero mais, lutando todos os dias por ser melhor.

Ser funcionária de um ministério que ensina a ser incorrecto entre pares, a premiar não se sabe bem ainda quem nem como e ainda por cima a dar como prespectiva uma progressão na carreira que a chegar ao topo tem um vencimento menor daqui a trinta anos, que um docente reformado hoje, é tudo menos aliciante.

Este país promove cada vez menos a luta pelo mérito, pelo que é justo e sensato.

Pena não ter percebido mais cedo desta falsa ilusão, ou desta falsa estabilidade. Hoje não interessa ser melhor, apenas astuto e envolver-se com as pessoas certas. Lutarmos nós por ser melhores não chega.

Começo a sentir uma brisa de mudança!



Hoje em consoada de reis só lhes peço para ser iluminada por uma estrela santa e certa do caminho que devo seguir.

2 comentários:

Guilherme Faro disse...

Aninha, tudo na vida tem um motivo. Na maioria das vezes não sabemos de imediato, mas acabamos sabendo mais para frente quando alguma coisa acontece e pensamos: "Nossa, se eu não tivesse passado por aquela experiência, não teria conseguido isso.". Uma dica? Vá até o final do que você realmente deseja fazer. Se não der, é porque tem algo melhor te esperando.

A diferença entre o fraco e o forte passa por uma linha tênue. São elas: a PERSISTÊNCIA. Sem ela não vamos à lugar nenhum. Se cair, levante, se cair novamente, levante de novo. Levante sempre, pois sempre "levantamos" mais fortes de uma queda.
A outra é o MEDO. Todo mundo tem medo, mas a diferença está exatamente em COMO cada um enfrenta seus medos. Deixar de fazer uma coisa por medo, é abandonar algo que está dentro de você. Trocando em miúdos; você está se violando. Está deixando esse sentimento tomar conta de você. E deveria ser ao contrário.

Você é o lado FORTE. Como sei? Basta acompanhar sua vida para saber. Basta saber o que acabou de me dizer sobre sua profissão. Não esqueça de me mandar o que te pedi.
beijo grande

Nasci Maria disse...

Gui eles ainda não têm o contrato feito, ao que sei foram obrigados a refaze-lo para corrigir o erro por eles cometido. Não sei se há forma de evitar esta situação mesmo eu tendo os recibos de vencimento a comprovar que recebi por um indice diferente de setembro a dezembro.
Infelizmente eles fazem e desfazem como bem entendem. Quanto a cair, hoje começei o dia assim! Com uma bela de uma tontura que me levou ao chão. Mas nada como dar um tombo, mesmo sozinha que nos obriga a levantar e seguir para trabalhar. Persistência é o meu nome do meio. Eu sei que vou vencer ;)
Assim que eles me dêm a cópia eu envio-te.
Somos um país de trogloditas :) não sei se é assim que se escreve, mas traduzido e como costumamos ouvir por cá, somos um país de brandos costumes, em que o povo se habitua a comer e calar. E pensar que fizemos uma revolução sem sangue, com cravos espetados nas armas!!!!!
Fico triste de saber que pouco valeu porque apesar da suposta liberdade que conquistamos a impunidade impera. A fraude impera, a imoralidade, o sinismo, o mais olhos que barriga de alguns que deixam o zé povinho sempre nas lonas! Que é como quem diz, deixa o povo sempre na merda