quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Para dar a conhecer


Como querida prima que sou (do baterista) e ex professora babada (do vocalista) venho dar a conhecer aos belos frequentadores dos meus devaneios, este grupo de jovens que em vez de andarem atrás das míudas(por isso elas se queixam que há poucos), dedicam-se a estas coisas.


Metem-se a mexer nos instrumentos, tão novos, e depois é este sucesso. Mas apresentar-me primas que era bonito para ver a família crescer nickles.


Aceitam-se críticas e sugestões, desde que construtivas. Nada de falar mal, a criticar que digam o que falha para os meninos virem a ser muito famosos. Eu quero ir tomar banho de piscina à casa do primo :)


http://www.myspace.com/thekanguruproject (vá siga, tudo a ouvir o album preview para posteriormente comprar)


Vou escolher depois uma letra deles para publicar, ainda estou também em análise.

Divirtam-se na saída e na entrada do novo ano.

Em 2009 e todos os 2000 que aí vêm é que vão ser!!!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

2008 O que foi e o que ficou - 2009 cá te espero



Pensando em 2008 penso essencialmente em trabalho, meio triste mas é verdade.


Conclusão do Estágio Profissional que tantas horas de convívio me tirou dos amigos e da família, mas teve sem dúvida o seu saldo positivo pela dupla maravilha com que tive o prazer de realizar este estágio, Hélia e Luís;

Foi um ano de amadurecimento, de enriquecimento, de me encontrar, de me libertar e me perceber melhor quem sou, o que quero e para onde quero ir, e aqui obviamente, já tem pouco a ver com o trabalho, mas também.


Não conheci efectivamente muitas pessoas mas há uma que jamais esquecerei por tudo que me ajudou, pela sua dignidade, pela sua coragem e lealdade (lealdade não a mim mas aos seus princípios, à sua conduta, às suas convicções), o que fará dela sempre um exemplo a seguir na minha vida e da qual sinto um enorme orgulho em poder ter privado.


Foi o ano em que voltei a ter a minha amiga Lipa de volta, sã e salva, e que melhor que isso tudo vai me dar um "sobrinho", está feliz e isso para mim é muito importante. As minhas amigas são o meu porto seguro, o porto de abrigo é cá em casa mesmo, pelo menos para já. A minha Ju já sorri novamente, a Hélia encontrou o seu principe e está feliz, a Liseta anunciou casório, minha mana idem, a Di já é médica e trata bem de nós, bem efectivamente foi bom em todos estes aspectos.


Tudo que não prestou já acabou, deixamos para trás e 2009 que nos aguarde pois como diz a Ju, em 2009 é que vai ser :D

O Sócrates e outros que tais que se cuidem que tenho um núcleo de beldades (Homens e Mulheres) que basa já desta terrinha chamada Portugal e aposto que nos reconhecem valor lá fora. Propostas começam a surgir e não se cuidem não que ficam só com os subsídio dependentes e os esmifras e depois quero ver como é que dão cabo do défice e destas pragas que eles mesmos semearam......

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PROCURA-SE

Caso conheçam ou estejam a associar o nome de Célia Figueiredo, jornalista não faço ideia de que jornal, mas que escreveu " O vício no comando da vida", num caderno de saúde que guardo desde Janeiro de 2006, relacionado com as dependências psicológicas como é o caso dos computadores, jogos virtuais, entre outros, agradecia que me informassem. Precisava do contacto ou dela ou do Jornal, acho que tenho um projecto interessante para ela.
Ou outro Jornalista, psicólogo ou alguém de outra área qualquer que esteja a estudar este fenómeno medonho com que nos deparamamos cada vez mais. Agradecia que entrassem em contacto comigo, aqui mesmo pelo Blogue.
Obrigada, é assunto sério, como em norma o é aqui no meu "caderno" virtual.
Thanks

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Como não sou euro milionária aqui vão alguns presentes

Ai que isto não é nada fácil, mas então aqui vai:

Em primeiro obviamente os Votos de um Santo Natal a todos que de alguma forma me completam, mesmo que não dêem conta disso.


Para as minhas amigas do coração, as que estão sempre sempre lá, seja para o bem seja para o mal damos sempre a cara juntas pelas nossas causas (Ju, Hélia; Lipa), não liguem à ordem que vocês Mulheres sei que têm essas manias, estão todas em pé de igualdade, foi só para fazer escadinha em altura :)


“Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro. Para a religião Budista, uma lenda relata que quando Siddhartha Gautama (nome histórico de Buda) tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, aonde pisou cresceram sete flores de lótus. O Budismo afirma que Siddhartha possui olhos de lótus, pés de lótus e coxas de lótus.
Já no hinduísmo, este nenúfar está relacionado com a criação do mundo. De acordo com as escrituras indianas foi do umbigo do Deus Vishnu que teria nascido uma brilhante flor de lótus e desta teria surgido outra divindade: Brahma, o criador do Cosmo.
Ao anoitecer, esta flor fecha-se e submerge na água, surgindo novamente ao amanhecer, voltada para o Sol nascente, como que a louvá-lo. Por essa razão, era igualmente sagrada para os deuses solares egípcios.”
http://lindas-flores.blogspot.com/2008_04_01_archive.html


Para os meus Luíses todos, Esteves, Rodrigues e Figueiredo porque distantes, mais ou menos marradas, mais ou menos ausência são um máximo e eu ADORO-VOS (isto que as vossas esposas não vejam ;)



Para as(os) outras(os) amigas(os) também especiais e que são bastantes e como tal não vou enunciar, não da mesma forma mas também fazem parte de minha história e de muitas belas/ menos belas aventuras (desculpem alguns nomes têm que constar - Li, Di, Pascoal, Miguel, Alfredo, e muitos outros Cati.......):



Para todos os cromos que de alguma forma tiveram o azar de cruzar na minha vida, Feliz Natal, com tudo que têm direito e isso agora cada um que receba o que merecer, pois tudo que damos na vida dizem que recebemos em dobro, eu ainda estou à espera mas espero que vocês já tenham tido mais sorte - Aprendi a ser subtilmente agri-doce com vocês, portanto o meu muito obrigada pois é uma especialidade da belle cuisine ;)



Para o ovinho, para que te sintas bem confortável, quentinho, em paz e harmonia. Obrigada por me "ouvires", irei responder às perguntas que sei que estou em dívida mas ando a tentar dar-me um descanso do pc:




Para a minha Família, aos que percebem esse significado e não fazem só parte da árvore, nem preciso dar nada poruqe já têm tudo sempre de mim, EU com tudo que isso significa. Não há sequer imagem que represente o que eles significam para mim. É TUDO, são TUDO.



segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Presentes para cada um dos meus amores Brasileiros

Gui tal como combinamos aqui estão os presentes virtuais para cada um dos meus amores brasileiros, e não se preocupa que tem para você também.



A da Tia Liane já foi pensada há mais tempo, como tal deve estar algures mais para baixo. Procura por favor. Mas passa aqueles caras feios para a prima não ver o que você escreveu ;)



Então aqui vai:



Para a Lele (não poderia faltar esta delicia lusa, as flores são pela paixão indíscritível que me une a você):








Para a Bella e João (Rosas Vermelhas não podem faltar e o champanhe para que continuem num eterno enamoramento, bebendo tudo de bom que o amor tem a oferecer):









Agora o meu Gui....
Sabe que seus pedidos para mim são uma ordem, eu sei que você como futuro Juíz se saberá justificar com este belo presente:










FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Agora entrega a mais especial, a da Tia Liane, está mais em baixo porque foi a primeira a ser pensada.


Um beijão para todos vocês com muitas muitas saudades.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Porque é Natal aqui vai...


All I Want For Christmas Is You - Mariah Carey

Aqui nesta música estão todos aqueles que estão no meu coração. Não preciso de dizer nomes pois sabem bem quem são. São os que estão sempre lá em todas as ocasiões e que eu amo do fundo do meu coração forever.

Já agora se conhecerem uma música do género para a passagem do ano enviem pois também vos quero este ano na passagem de ano que tem que ser de arromba :)






As fotos é o meu presente para todas as minhas queridas. Espero do fundo do coração que os vossos e o meu sapo se transformem numa coisa assim. Estes são meus vizinhos e tal, não fica bem pode causar depois problemas porque a minha mãe não gosta muito que eu vá à casa dos vizinhos e lá teria eu que sair da CP e por cá a comidinha é boa.

Amigas já sabem o que vos desejo, não vou escrever para não ferir susceptibilidades.

E como vocês sabem bem o que preciso nem vale a pena pedir ihihihihihihih, é um pinheirinho destes cheio de luzinhas para provocar um curto circuito :D


FELIZ NATAL!!!!! OHOHOHOHOHO

sábado, 13 de dezembro de 2008

O que mudou!!!


Bem, eu costumava dizer, nomeadamente ao meu anónimo favorito que a minha vida era baseada numa série de desencontros, que nunca estava no lugar certo à hora exacta! Dizia-lhe que, as pessoas que eu gostava de ter encontrado, quando se cruzavam comigo era tarde demais, como foi o caso dele e agora percebo que não é assim finalmente.
A agravar isto, havia o facto de as que se resolviam envolver e entrar na minha vida só vinham para a estragar. Para me por de mal com a vida e essencialmente comigo mesma, agora também já consigo ler o que elas me ensinaram e obrigada por terem vindo pois só me tornaram melhor.

Graças a pessoas como o meu anónimo favorito e às grandes amigas que tenho (em coração, pois não passam de 1,75m e estes ,75 é para incluir a minha Ju), percebi que não sou eu que ando desencontrada com nada nem com ninguém, se há coisas que me arrependo é de ter dado alguma vez a sensação a certas pessoas que me ficaram a fazer falta.
Pelo contrário, agora vou por a modéstia a funcionar, e dizer que hoje em dia, nos tempos que correm, contam-se facilmente o número de Mulheres com M grande. Não peço mais desculpa por ser assim, não peço mais desculpa a pessoas que andam desencontradas de alguém especial como eu.

Eu tenho consciência do meu valor, aos poucos vou-a adquirindo com mais força, cada dia mais. Não querendo cair em contradição com o que disse ao Ovo, sobre o que penso da solidão, todos os dias luto para aprender com os momentos de solidão. Só me assusta mesmo o facto da velhice ou uma doença como a qualquer um deve assustar, digo eu!
Mas se há coisa que o meu " amigo" Jorge me disse sempre e só agora depois de rachar tantas vezes a alma percebo as suas palavras, "Nunca te rendas ao mínimo!".

Agora lembrei-me da Tia Liane, apesar de ela ter uma idade que pode dizer bem essas coisas, " Não levo mais desaforo para casa!", eu com a que tenho só posso ainda dizer, "Não tenho paciência, e recuso-me a engolir sapos que não sou obrigada a engolir!" Os que sou paciência :D

Neste momento sinto que não estou a perder nada, nem ninguém, que estou a por o meu Eu como ele sempre devia ter estado, em primeiríssimo lugar.


Tvameva - Sudha, Maneesh De Moor

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ao Grande e Jovem Centenário Manoel de Oliveira


Parabéns!


Também eu gostava de chegar aos 100 anos com tamanha frescura de corpo e espírito.


Manoel de Oliveira, “Diário de Notícias”, 31-08-2008
“Sinto cansaço apenas. De fazer a barba todos os dias, de levantar, vestir, tomar banho, pequeno-almoço, comer, mastigar, engolir… Tudo isso, essas coisinhas fáceis e corriqueiras mas que são sempre as mesmas. É sempre a mesma coisa, a mesma ordem, ver a televisão… Tudo isso é uma chatice”.

Não me atrevo sequer a comentar a obra dele essencialmente por não a conhecer a fundo, no entanto sempre que o ouço ou vejo é absolutamente fenomenal toda a sua vitalidade, força e motivação para a vida independentemente dos problemas que inevitavelmente por vezes nos surgem.

Só com isso já é uma licção de vida, pela sua dedicação à sua paixão (cinema), com tanto afinco e entusiasmo mesmo aos 100 anos de idade.


Mais uma vez parabéns

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Para quem não conhece aqui fica a lembrança na comemoração desta grande conquista, apesar de muito ainda haver por fazer.

No dia 10 de Dezembro de 1948, foi adoptada, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos...
... Uma ocasião para reflectir ...

http://www.unhchr.ch/udhr/lang/por.pdf

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Gui esta é a prenda de Natal para a Titia

Como eu sei que ela é fã desta Cantora e como juntas fomos vê-la aí no RJ, peço-te cara bacana que gosta de surpresas ou ser cumplíce nas surpresas, que lhe mostres esta música no dia de Natal.


Maria Bethânia canta "O doce mistério da vida"








O doce mistério da vida é conhecer pessoas lindas como você Titia do coração.


Feliz Natal para essa família que eu jamais esquecerei.


Primas desculpem mas têm que dividir essa mamãe, Top model de Copacabana com esta prima aqui... Minha mãe brasileira. Um beijão enorme. Para todos mas em especial para você minha querida Liane.


Espero que esta seja uma das suas músicas preferidas, mas como eu sei que você adora ela esta me pareceu muito bonita.

Nick Cave - Into My Arms

Esta música foi-me dada a conhecer pela pessoa que talvez mais tenha marcado a minha vida, quer por todos os horizontes que me abriu ao nível de experiência de vida quer por tudo que me fez desacreditar.
Contudo, nem ele nem nenhum palerma que já cruzou comigo, me tirou a vontade de sonhar e acreditar que existem pessoas boas. Pessoas com princípio, meio e fim. Pessoas que não são retalhos, onde falta tudo para se poderem unir a qualquer outro retalho. Sim, porque por vezes retalhos formam belas mantas.
Eu acredito em Anjos e Deuses, esta música faz-me ouvi-la, com um sentido um pouco diferente daquele que ela transmite e me foi dado a conhecer.
E sei que está na hora de Ele te guiar directo para os meus braços. (Sinto-o my Angel, my Prince)

Pegando na música explico porquê,
"...porque no amor eu acredito
E eu sei que tu também acreditas
E eu acredito em algum tipo de caminho
Que nós podemos seguir andando, tu e eu..."

(Lembrei-me de a colocar aqui porque há uns dias atrás tentei lembrar-me do título ao falar com um fã de Nick Cave como sendo a minha preferida e hoje resolvi encontrá-la.
Estes feriados por vezes põe-me assim, enfimm... Já sei que a Di diz que penso demais mas já deve ser difícil modificar este defeito e relax :D)
Eu tento, juro que tento. É o que dá, se temos muito trabalho reclamamos, se estamos sem actividade produtiva, meditamos, no meu caso tenho devaneios (Sonhos, quimeras, fantasias, ficções: isto são devaneios)


I'm Yours

Uma música que não sei porque, marcou esta fase diferente da minha vida. Esta nova etapa. Mesmo não sabendo bem quem sou, para onde vou e nem de quem sou...
Ando a tentar aprender todos os dias, pena ter dias que estas respostas ficam muito complicadas.
Ai ai começo a acreditar na teoria masculina que diz que as mulheres são complicadas. Ou seremos todos assim????
Gosto de "luta", mas por vezes as coisas podiam ser mais fáceis.
Estes momentos zen já estão a precisar de reciclagem :D

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Hoje lembrei-me desta música

Pegando mais uma vez nesta frase do Vinicius, da qual eu não me canso, e não me recordando se já coloquei aqui esta música, esta é a música mais parecida com o que tem sido uma grande parte de mim e da minha vida. Mais pelos desencontros como é óbvio, mas sinto que está na minha hora. Na hora de eu deixar sair de vez o que tem estado preso no meu olhar e como diz o brasileiro me começar a "enxergar"...
"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida."
(Vinicius de Moraes)
Gui, como diz a Lele: " Se enxerga prima!!" To aprendendo cara, não tem sido fácil, mas isto vai. E como diz Titia: " O que é do Homem o bicho não come!!!"
Prima tou vendo a luzzzzzzzzzzzzzz ihihihihihihihi. Finalmente me começo a sentir livreeeeeeeeeee. E com a boa notícia vinda aí do rio tou maissssssssss ainda.
Bjsssssss por tudo que representam para mim e pela força. Prima sabe do que falo :)
Carol forever!


Pro Abade Toninho vulgo Elias com cariño

Cada vez esta música tem mais piada.... ;)

Hoje tou mesmo numa de devaneio total ihihihhi

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Para variar um pouco


"Uma das melhores coisas na vida são as maravilhosas surpresas que nos reserva."
(Marlo Thomas)


"Acreditar é monótono, duvidar é apaixonante, manter-se alerta: eis a vida."
(Oscar Wilde)


"A vida tem a cor que você pinta."
(Mário Bonatti)


"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida."
(Vinicius de Moraes)

Para quem quer ver melhor o país que temos..

Se viram o Prós e Contras olhem bem e confirmem quem elas são... vejam
quem a Fátima Campos Ferreira escolheu para representar os professores...
Afinal não são meras presidentes de Agrupamentos como se identificaram...

http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=824&Itemid=26

http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=843&Itemid=26

Ao que isto chegou......O Regime controla tudo, até aquela apresentadorazeca que de isenta tem muito pouco!

Fulanas como estas fazem parecer os 120000 professores que dizem a verdade parecer uma bando de anormais. Afinal assim até eu! Com um perú pelo Natal bem recheado também era capaz de dar um beijo no queijo ao Sócrates.

E como hoje já falei demais deixo-vos só mais aqui este link para quem quiser ler:
http://nestahora.blogspot.com/2008/11/o-natal-que-eu-quero-por-daniel-sampaio.html

Haja gente com humor



I Love Zé Carlos!!!! ;)

domingo, 30 de novembro de 2008

Devaneio

حسن الصدف الحياة! ما يعطي نكهة لحياة لا تعرف شيئا من ما ينتظرنا... لا شيء مثل اكتشاف! دعونا نحلم بأن هناك من الأمراء والأميرات ، وحتى مجرد مضحك.

Uma imagem vale por mil palavras


sábado, 22 de novembro de 2008

Não podia deixar de partilhar isto com vocês

Parece que um Sr Anónimo publicou algo que eu não tive tempo de ler, peço desculpa, mas que suscitou esta bela resposta de um colega.
Fiquei foi ainda mais chateada porque nunca me tinha dado ao trabalho de contabilizar isto. Espero que quem continua a querer ser professor e ganhar o mesmo que nós (contrados), pense antes de dizer algo.
Nota: Gostaria que fizessem as contas por mim pra não me irritar porque tenho 5 níveis para preparar por semana, onde um deles têm dez tempos semanais, outro cinco e mais 6 de outros três níveis diferentes. Não só níveis (disciplinas) diferentes, como níveis diferentes dentro das próprias turmas devido aos já conhecidos planos de acompanhamento e recuperação de alunos com dificuldades.
Este colega esqueceu-se inclusive de contar todas as actividades que organizamos na escola (festinhas de S. Martinho, Halloween, Natal, Carnaval........) que, para quem não sabe, normalmente fica extra aulas na maior parte dos casos.
Mas para que percebam o que digo vou colocar aqui o que recebi por email, não me vinha o nome de quem deu esta excelente resposta mas para que um maior número de pessoas perceba aqui vai e desde já agradeço por ter feito estas contas, por forma a ilucidar determinadas pessoas.
"Resposta ao Caríssimo que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores.Tal demonstra bem como os profs trabalham tanto e "nem se dá por ela".
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores,
Homens (e as mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.

O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.

Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.

O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas ao seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24 horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de coordenação pedagógica, etc., etc.

Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.

Vamos lá, então, contar:

1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.

2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho.

3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um período.

4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.

5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.

6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).

7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo.

Vamos, então, somar isto tudo:
84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.
Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas.
Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito.

Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.

No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício.

Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.

Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco!

Veja lá os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, não se incomode, pode ser que um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve."

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Livro de reclamações


Hoje apetece-me deixar aqui algumas reclamações/ sugestões.
São tantas que não me vou preocupar com a ordem nem a temática é conforme me for lembrando.
Então aqui vai:

· É favor colocar uma rotunda na descida do cemitério de Ponte de Lima que está um perigo aquela saída. (Quem é de cá sabe o que digo);

· É favor corrigir aquela vergonha de linhas na estrada de Arcozelo (em frente à Panilima) que já mete nojo, está digno de foto para “Nós por cá”;

· A história dos Magalhães em Refoios é mais uma comédia Nacional, pena tenho que o nosso presidente se continue a vender como fez com o queijo. Devo confessar que tem tido as suas vantagens, mas sejamos mais sérios;

· Deixem-se ser avaliada por alguém que não esteja dentro das mesmas quotas que eu;

· Avaliem todas as escolas para verificar cargas horárias aplicadas aos professores, e abusos de poder. Não me refiro a nenhuma em particular se o quisesse fazer tinha uma vasta lista. Colegas que vivem essa situação fotocopiem os vossos horários e mostrem-nos para que vejam o que já todos sabemos.

· Quero ver no meu horário tal como qualquer funcionário público o número de horas legais que me pagam, tudo que seja a mais pago como hora extraordinária, e aqui incluo o tempo que me dão para preparar as aulas.

· Quero ser avaliada tal como durante o meu estágio pedagógico por alguém com competências técnicas na área didáctica que lecciono, mas que não possa ser corroborada pelas escolas e ministérios;

· Quero passar todos os meus alunos que estudam, que se esforçam e que lutam por ser excelentes;

· Não quero ser assistente social, psicóloga, mãe, amiga, professora e tudo o mais só porque não há quem o faça; (Atenção faço-o porque gosto e não por obrigação, tenho pena é que não haja os mecanismos todos para dar isso a todos os menino(a)s , eu não chego a todos, e não estou a ser convencida ou prepotente mas realista)

· Como se combate a obesidade , se continuam a vender bolos, chocolates e coisas do género nas escolas. Porque não dar-lhes isso uma vez por semana e não todos os intervalos?

· Porque não temos um sistema nacional de saúde para todos?
Só há para os que podem, os que têm seguros e dinheiro para resolver com brevidade os seus problemas.

· O que iremos fazer com os alunos que no futuro continuam a não saber ler nem escrever? Que sabem que podem faltar injustificadamente e depois fazer um exame, ou vários até que passe? Como vai esta gente funcionar quando for pró mercado de trabalho? Desconta-se no ordenado? Não se pode despedir? Depois vão ficar traumatizados, porque tadinhos, já vêm traumatizados da barrigada da mãe.

· Apetece-me emigrar mas penso, para onde e porquê? Porque é que tenho que ser eu a deixar tudo o que amo?

· Porque é que não abandonei a escola ao nono ano e fui trabalhar? Já tinha casa, carro, e agora como ainda sou nova voltava a estudar À noite ou quando me desse jeito e quando desse por ela estava na universidade a exigir que dobrassem a língua para falar com a Sra. Dra. das oportunidades?

· Ah à conta desta lembrei-me doutra cena engraçada, vi noutro dia uma coisa engraçada!!
Um médico a comparar os médicos licenciados em Espanha e os licenciados em Portugal e sabem o que ele disse? Que não havia nenhuma diferença digna de destaque, a não ser que os nossos tiveram que entrar com 18,XX e os outros foram para Espanha com 16 e 17 valores de média.
Vamos lá, toca a continuar a mandar os nossos meninos prodígios daqui para fora. Só com um país de bananas e totós é que se consegue governar sem ninguém reclamar e ainda dizerem que já estivemos bem pior. Depois mandam para aqui os médicos peruanos, colombianos e tal que percebem e fazem-se perceber perfeitamente aos velhinhos (e não só) que vêm da serra que mal o português percebem!!

Ai nem sei mais que diga, já estou cansadita.

Vamos vivendo como diz o meu cara Gui, num país de FAZ DE CONTA e fazer de conta que somos felizes com isto tudo, que adoramos a pátria e temos um enorme orgulho por termos conquistado o mundo, o deixarmos ter ido e agora continuamos a conquistar mas como emigrantes que com sorte nem dizem a ninguém que são portugueses para não se rirem.

sábado, 15 de novembro de 2008

Grande Mário Crespo



"Imaginem 00h30m


Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento.


Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.


Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.


Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.


Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.


Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.


Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.


Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.


Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.


Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.


Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.


Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.


Imaginem que país seremos se não o fizermos. "



Quem começa???

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Boca do Inferno – Ricardo Araújo Pereira Sexta-feira, 17 de Outubro de 2008

Como só podia estar de acordo, aqui partilho com vocês um comentário de Ricardo Pereira.
O texto deixa bem claro o que, acredito ser a maioria dos portugueses, pensam. É mais uma das situações vergonhosas e escandalosas dos governantes portugueses, efectivamente por não ser uma situação de extremos mas pelos lucros que apresentam, pela corrupção que causou toda esse descalabro. Porque não vão buscar os bens dos infractores e corruptos, deles e da família deles? Provavelmente porque também de alguma forma pode um dia alguém ir buscar o deles e é melhor não abrir precedentes.

Então aqui fica o comentário do Ricardo:
OpiniãoA banca nacionalizou o GovernoQuando, no passado domingo, o Ministério das Finanças anunciou que o Governo vai prestar uma garantia de 20 mil milhões de euros aos bancos até ao fim do ano, respirei de alívio. Em tempos de gravíssima crise mundial, devemos ajudar quem mais precisa. E se há alguém que precisa de ajuda são os banqueiros. De acordo com notícias de Agosto deste ano, Portugal foi o país da Zona Euro em que as margens de lucro dos bancos mais aumentaram desde o início da crise. Segundo notícias de Agosto de 2007, os lucros dos quatro maiores bancos privados atingiram 1,137 mil milhões de euros, só no primeiro semestre desse ano, o que representava um aumento de 23% relativamente aos lucros dos mesmos bancos em igual período do ano anterior. Como é que esta gente estava a conseguir fazer face à crise sem a ajuda do Estado é, para mim, um mistério. A partir de agora, porém, o Governo disponibiliza aos bancos dinheiro dos nossos impostos. Significa isto que eu, como contribuinte, sou fiador do banco que é meu credor. Financio o banco que me financia a mim. Não sei se o leitor está a conseguir captar toda a profundidade deste raciocínio. Eu consegui, mas tive de pensar muito e fiquei com dor de cabeça. Ou muito me engano ou o que se passa é o seguinte: os contribuintes emprestam o seu dinheiro aos bancos sem cobrar nada, e depois os bancos emprestam o mesmo dinheiro aos contribuintes, mas cobrando simpáticas taxas de juro. A troco de apenas algum dinheiro, os bancos emprestam-nos o nosso próprio dinheiro para que possamos fazer com ele o que quisermos. A nobreza desta atitude dos bancos deve ser sublinhada. Tendo em conta que, depois de anos de lucros colossais, a banca precisa de ajuda, há quem receie que os bancos voltem a não saber gerir este dinheiro garantido pelo Estado. Mas eu sei que as instituições bancárias aprenderam a sua lição e vão aplicar ajuizadamente a ajuda do Governo. Tenho a certeza de que os bancos vão usar pelo menos parte desse dinheiro para devolver aos clientes aqueles arredondamentos que foram fazendo indevidamente no crédito à habitação, por exemplo, e que ascendem a vários milhares de euros no final de cada empréstimo. Essa será, sem dúvida nenhuma, uma prioridade. Vivemos tempos difíceis, e julgo que todos, sem excepção, temos de dar as mãos. Por mim, dou as mãos aos bancos. Assim que eles tirarem as mãos do meu bolso, dou mesmo.

domingo, 2 de novembro de 2008

Obras públicas só reduzem desemprego "de Cabo Verde ou Ucrânia"


Bem em sequência desta afirmação da Nelinha, logo se insurgiram contra tal afirmação, no entanto não percebo o espanto. Senão vejamos, vai-se a lisboa, porto ou qualquer grande obra Nacional e vejamos a quantidade de portugueses que lá trabalham! Vamos a um shopping a lisboa, essencialmente, e quem se vê nas limpezas?! Se há um grande número de portugueses com pouca escolaridade também os há com excesso e que efectivamente não querem esse tipo de trabalhos. Ainda estes dias fiquei surpreendida ao ver uma notícia que havia uma empresa alemã a operar em viana do castelo, que tem a oferecer emprego a 1500 trabalhadores, e que dá formação prévia uma vez que é trabalho numa área relativamente recente como sendo as energias renováveis, e não havia quem quisesse. Isto é absolutamente caricato.

Deixemos de ser um país de aparências e hipocrisias.

Uns deprimidos, outros a ameaçar com armas...Isto tá a ficar bonito tá! Pelo menos o maior devedor nacional já disse que ia pagar o que deve. A ver vamos!

E não me falem mais em crise que começo a ficar enjoada. Continuamos todos os dias a ver excentricidades no nosso país, essencialmente vindo dos nossos governantes.

domingo, 26 de outubro de 2008

Para ler e meditar

Recebi esta carta por mail e acho que está tão bem redigida e de uma sensatez tão interessante que resolvi partilhar também com os meus e-leitores.
Aviso já que o texto é longo.
Mas não se vão arrepender de o ler.
Vale a pena.

"Sr. Engº José Sócrates,
Antes de mais, peço desculpa por não o tratar por Excelência nem por Primeiro-Ministro, mas, para ser franca, tenho muitas dúvidas quanto ao facto de o senhor ser excelente e, de resto, o cargo de primeiro-ministro parece-me, neste momento, muito pouco dignificado.
Também queria avisá-lo de antemão que esta carta vai ser longa, mas penso que não haverá problema para si, já que você é do tempo em que o ensino do Português exigia grandes e profundas leituras. Ainda pensei em escrever tudo por tópicos e com abreviaturas, mas julgo que lhe faz bem recordar o prazer de ler um texto bem escrito, com princípio, meio e fim, e que, quiçá, o faça reflectir (passe a falta de modéstia).
Gostaria de começar por lhe falar do 'Magalhães'. Não sobre os erros ortográficos, porque a respeito disso já o seu assessor deve ter recebido um e-mail meu. Queria falar-lhe da gratuitidade, da inconsequência, da precipitação e da leviandade com que o senhor engenheiro anunciou e pôs em prática o projecto a que chama de e-escolinha.
O senhor fala em Plano Tecnológico e, de facto, eu tenho visto a tecnologia, mas ainda não vi plano nenhum. Senão, vejamos a cronologia dos factos associados ao projecto 'Magalhães':
No princípio do mês de Agosto, o senhor engenheiro apareceu na televisão a anunciar o projecto e-escolinhas e a sua ferramenta: o portátil Magalhães.
. No dia 18 de Setembro (quinta-feira) ao fim do dia, o meu filho traz na mochila um papel dirigido aos encarregados de educação, com apenas quatro linhas de texto informando que o 'Magalhães' é um projecto do Governo e que, dependendo do escalão de IRS, o seu custo pode variar entre os zero e os 50 euros. Mais nada! Seguia-se um formulário com espaço para dados como nome do aluno, nome do encarregado de educação, escola, concelho, etc. e, por fim, a oportunidade de assinalar, com uma cruzinha, se pretendemos ou não adquirir o 'Magalhães'.
. No dia 22 de Setembro (segunda-feira), ao fim do dia, o meu filho traz um novo papel, desta vez uma extensa carta a anunciar a visita, no dia seguinte, do primeiro-ministro para entregar os primeiros 'Magalhães' na EB1 Padre Manuel de Castro. Novamente uma explicação respeitante aos escalões do IRS e ao custo dos portáteis.
. No dia 23 de Setembro (terça-feira), o meu filho não traz mais papéis, traz um 'Magalhães' debaixo do braço.
Ora, como é fácil de ver, tudo aconteceu num espaço de três dias úteis em que as famílias não tiveram oportunidade de obter esclarecimentos sobre a futura utilização e utilidade do 'Magalhães'. Às perguntas que colocámos à professora sobre o assunto, ela não soube responder. Reunião de esclarecimento, nunca houve nenhuma.
Portanto, explique-me, senhor engenheiro: o que é que o seu Governo pensou para o 'Magalhães'? Que planos tem para o integrar nas aulas? Como vai articular o seu uso com as matérias leccionadas? Sabe, é que 50 euros talvez seja pouco para se gastar numa ferramenta de trabalho, mas, decididamente, e na minha opinião, é demasiado para se gastar num brinquedo. Por favor, senhor engenheiro, não me obrigue a concluir que acabei de pagar por uma inutilidade, um capricho seu, uma manobra de campanha eleitoral, um espectáculo de fogo-de-artifício do qual só sobra fumo e o fedor intoxicante da pólvora.
Seja honesto com os portugueses e admita que não tem plano nenhum. Admita que fez tudo tão à pressa que nem teve tempo de esclarecer as escolas e os professores. E não venha agora dizer-me que cabe aos pais aproveitarem esta maravilhosa oportunidade que o Governo lhes deu e ensinarem os filhos a lidar com as novas tecnologias. O seu projecto chama-se e-escolinha, não se chama e-familiazinha! Faça-lhe jus! Ponha a sua equipa a trabalhar, mexa-se, credibilize as suasiniciativas!
Uma coisa curiosa, senhor engenheiro, é que tudo parece conspirar a seu favor nesta sua lamentável obra de empobrecimento do ensino assente em medidas gratuitas.
Há dias arrisquei-me a ver um episódio completo da série Morangos com Açúcar. Por coincidência, apanhei precisamente o primeiro episódio da nova série que significa, na ficção, o primeiro dia de aulas daquela miudagem. Ora, nesse primeiro dia de aulas, os alunos conheceram a sua professora de matemática e o seu professor de português. As imagens sucediam-se alternando a aula de apresentação de matemática por contraposição à de português. Enquanto a professora de matemática escrevia do quadro os pressupostos da sua metodologia - disciplina, rigor e trabalho - o professor de português escrevia no quadro os pressupostos da sua - emoção, entrega e trabalho. Ora, o que me faz espécie, senhor engenheiro, é que a personagem da professora de matemática é maldosa, agressiva e antiquada, enquanto que o professor de português é um tipo moderno e bué de fixe. Então, de acordo com os princípios do raciocínio lógico, se a professora de matemática é maldosa e agressiva e os seus pressupostos são disciplina e rigor, então a disciplina e o rigor são coisas negativas. Por outro lado, se o professor de português é bué de fixe, então os pressupostos da emoção e da entrega são perfeitos. E de facto era o que se via. Enquanto que na aula de matemática os alunos bufavam, entediados, na aula de português sorriam, entusiasmados.
Disciplina e rigor aparecem, assim, como conceitos inconciliáveis com emoção e entrega, e isto é a maior barbaridade que eu já vi na minha vida. Digo-o eu, senhor engenheiro, que tenho uma profissão que vive das emoções, mas onde o rigor é 'obstinado', como dizem os poetas. Eu já percebi que o ensino dos dias de hoje não sabe conciliar estes dois lados do trabalho. E, não o sabendo, optou por deixar de lado a disciplina e o rigor. Os professores são obrigados a acreditar que para se fazer um texto criativo não se pode estar preocupado com os erros ortográficos. E que para se saber fazer uma operação aritmética não se pode estar preocupado com a exactidão do seu resultado. Era o que faltava, senhor engenheiro!
Agora é o momento em que o senhor engenheiro diz de si para si: mas esta mulher é um Velho do Restelo, que não percebe que os tempos mudaram e que o ensino tem que se adaptar a essas mudanças? Percebo, senhor engenheiro. Então não percebo? Mas acontece que o que o senhor engenheiro está a fazer não é adaptar o ensino às mudanças, você está a esvaziá-lo de sentido e de propósitos. Adaptar o ensino seria afinaras metodologias por forma a torná-las mais cativantes aos olhos de uma geração inquieta e voltada para o imediato. Mas nunca diminuir, nunca desvalorizar, nunca reduzir ao básico, nunca baixar a bitola até ao nível da mediocridade.
Mas, por falar em Velho do Restelo...
... Li, há dias, numa entrevista com uma professora de Literatura Portuguesa, que o episódio do Velho do Restelo foi excluído do estudo d'Os Lusíadas. Curioso, porque este era o episódio que punha tudo em causa, que questionava, que analisava por outra perspectiva, que é algo que as crianças e adolescentes de hoje em dia estão pouco habituados a fazer. Sabem contrariar, é certo, mas não sabem questionar. São coisas bem diferentes: contrariar tem o seu quê de gratuito; questionar tem tudo de filosófico. Para contrariar, basta bater o pé. Para questionar, é preciso pensar.
Tenho pena, porque no meu tempo (que não é um tempo assim tão distante), o episódio do Velho do Restelo, juntamente com os de Inês de Castro e da Ilha dos Amores, era o que mais apaixonava e empolgava a turma. Eram três episódios marcantes, que quebravam a monotonia do discurso de engrandecimento da nação e que, por isso, tinham o mérito de conseguir que os alunos tivessem curiosidade em descodificar as suas figuras de estilo e desbravar o hermetismo da linguagem. Ainda hoje me lembro exactamente da aula em que começámos a ler o episódio de Inês de castro e lembro-me das palavras da professora Lídia, espicaçando-nos, estimulando-nos, obrigando-nos a pensar. E foi há 20anos.Bem sei que vivemos numa era em que a imagem se sobrepõe à palavra, mas veja só alguns versos do episódio de Inês de Castro, veja que perfeita e inequívoca imagem eles compõem:'Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano d'alma ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito (...)'

Feche os olhos, senhor engenheiro, vá lá, feche os olhos. Não consegue ver, perfeitamente desenhado e com uma nitidez absoluta, o rosto branco e delicado de Inês de Castro, os seus longos cabelos soltos pelas costas, o corpo adolescente, as mãos investidas num qualquer bordado, o pensamento distante, vagueando em delícias proibidas no leito do príncipe? Não vê os seus olhos que de vez em quando escapam às linhas do bordado e vão demorar-se na janela, inquietos de saudade, à espera de ver D. Pedro surgir a galope na linha do horizonte? E agora, se se concentrar bem, não vê uma nuvem negra a pairar sobre ela, não vê o prenúncio do sangue a escorrer-lhe pelos fios de cabelo? Não consegue ver tudo isto apenas nestes quatro versos?

Pois eu acho estes quatro versos belíssimos, de uma simplicidade arrebatadora, de uma clareza inesperada. É poesia, senhor engenheiro, é poesia! Da mais nobre, grandiosa e magnífica que temos na nossa História. Não ouse menosprezá-la. Não incite ninguém a desrespeitá-la.Bem, admito que me perdi em divagações em torno da Inês de Castro. O que eu queria mesmo era tentar perceber porque carga de água o Velho do Restelo desapareceu assim. Será precisamente por estimular a diferença de opiniões, por duvidar, por condenar? Sabe, não tarda muito, o episódio da Ilha dos Amores será também excluído dos conteúdos programáticos por 'alegado teor pornográfico' e o de Inês de Castro igualmente, por 'incitamento ao adultério e ao desrespeito pela autoridade'.
Como é, senhor engenheiro? Voltamos ao tempo do 'lápix' azul?E já agora, voltando à questão do rigor e da disciplina, da entrega e da emoção: o senhor engenheiro tem ideia de quanta entrega e de quanta emoção Luís de Camões depôs na sua obra? E, por outro lado, o senhor engenheiro duvida da disciplina e do rigor necessários à sua concretização? São centenas e centenas de páginas, em dezenas de capítulos e incontáveis estrofes com a mesma métrica, o mesmo tipo de rima, cada palavra escolhida a dedo... o que implicou tudo isto senão uma carga infinita de disciplina e rigor?
Senhor engenheiro José Sócrates: vejo que acabo de confiar o meu filho ao sistema de ensino onde o senhor montou a sua barraca de circo e não me apetece nada vê-lo transformar-se num palhaço. Bem, também não quero ser injusta consigo. A verdade é que as coisas já começaram a descarrilar há alguns anos, mas também é verdade que você está a sobrealimentar o crime, com um tirinho aqui, uma facadinha ali, uma desonestidade acolá.
Lembro-me bem da época em que fiz a minha recruta como jornalista e das muitas vezes em que fui cobrir cerimónias e eventos em que você participava. Na altura, o senhor engenheiro era Secretário de Estado do Ambiente e andava com a ministra Elisa Ferreira por esse Portugal fora, a inaugurar ETAR's e a selar aterros. Também o vi a plantar árvores, com as suas próprias mãos. E é por isso que me dói que agora, mais de dez anos depois, você esteja a dar cabo das nossas sementes e a tornar estéreis os solos que deveriam ser férteis.Sabe, é que eu tenho grandes sonhos para o meu filho. Não, não me refiro ao sonho de que ele seja doutor ou engenheiro. Falo do sonho de que ele respeite as ciências, tenha apreço pelas artes, almeje a sabedoria e valorize o trabalho. Porque é isso que eu espero da escola. O resto é comigo.
Acho graça agora a ouvir os professores dizerem sistematicamente aos pais que a família deve dar continuidade, em casa, ao trabalho que a escola faz com as crianças. Bem, se assim fosse eu teria que ensinar o meu filho a atirar com cadeiras à cabeça dos outros e a escrever as redacções em linguagem de sms. Não. Para mim, é o contrário: a escola é que deve dar continuidade ao trabalho que eu faço com o meu filho. Acho que se anda a sobrevalorizar o papel da escola. No meu tempo, a escola tinha apenas a função de ensinar e fazia-o com competência e rigor. Mas nos dias que correm, em que os pais não têm tempo nem disposição para educar os filhos, exige-se à escola que forme o seu carácter e ocupe todo o seu tempo livre. Só que infelizmente ela tem cumprido muito mal esse papel.
A escola do meu tempo foi uma boa escola. Hoje, toda a gente sabe que a minha geração é uma geração de empreendedores, de gente criativa e com capacidade iniciativa, que arrisca, que aposta, que ambiciona. E não é disso que o país precisa? Bem sei que apanhámos os bons ventos da adesão à União Europeia e dos fundos e apoios que daí advieram, mas isso por si só não bastaria, não acha? E é de facto curioso: tirando o Marco cigano, que abandonou a escola muito cedo, e a Fatinha que andava sempre com ranhoca no nariz e tinha que tomar conta de três irmãos mais novos, todos os meus colegas da primária fizeram alguma coisa pela vida. Até a Paulinha, que era filha da empregada (no meu tempo dizia-se empregada e não auxiliar de acção educativa, mas, curiosamente, o respeito por elas era maior), apesar de se ter ficado pelo 9º ano, não descansou enquanto não abriu o seu próprio Pão Quente e a ele se dedicou com afinco e empenho. E, no entanto, levámos reguadas por não sabermos de cor as principais culturas das ex-colónias e éramos sujeitos a humilhação pública por cada erro ortográfico. Traumatizados? Huuummm... não me parece. Na verdade, senhor engenheiro, tenho um respeito e uma paixão pela escola tais que, se tivesse tempo e dinheiro, passaria o resto da minha vida a estudar.
Às vezes dá-me para imaginar as suas conversas com os seus filhos (nem sei bem se tem um ou dois filhos...) e pergunto-me se também é válido para eles o caos que o senhor engenheiro anda a instalar por aí. Parece que estou a ver o seu filho a dizer-lhe: ó pai, estou com dificuldade em resolver este sistema de três equações a três incógnitas... dás-me uma ajuda? E depois, vejo-o a si a responder com a sua voz de homilia de domingo: não faz mal, filho... sabes escrever o teu nome completo, não sabes? Então não te preocupes, é perfeitamente suficiente...
Vendo as coisas assim, não lhe parece criminoso o que você anda a fazer?
E depois, custa-me que você apareça em praça pública acompanhado da sua Ministra da Educação, que anda sempre com aquele ar de infeliz, de quem comeu e não gostou, ambos com o discurso hipócrita do mérito dos professores e do sucesso dos alunos, apoiados em estatísticas cuja real interpretação, à luz das mudanças que você operou, nos apresenta uma monstruosa obscenidade. Ofende-me, sabe? Ofende-me por me tomar por estúpida.
Aliás, a sua Ministra da Educação é uma das figuras mais desconcertantes que eu já vi na minha vida. De cada vez que ela fala, tenho a sensação que está a orar na missa de sétimo dia do sistema de ensino e que o que os seus olhos verdadeiramente dizem aos pais deste Portugal é apenas 'os meus sentidos pêsames'.
Não me pesa a consciência por estar a escrever-lhe esta carta. Sabe, é que eu não votei em si para primeiro-ministro, portanto estou à vontade. Eu votei em branco. Mas, alto lá! Antes que você peça ao seu assessor para lhe fazer um discurso sobre o afastamento dos jovens da política, lembre-se, senhor engenheiro: o voto em branco não é o voto da indiferença, é o voto da insatisfação! Mas, porque vos é conveniente, o voto em branco é contabilizado, indiscriminadamente, com o voto nulo, que é aquele em que os alienados desenham macaquinhos e escrevem obscenidades.
Você, senhor engenheiro, está a arriscar-se demasiado. Portugal está prestes a marcar-lhe uma falta a vermelho no livro de ponto. Ah...espere lá... as faltas a vermelho acabaram... agora já não há castigos...

Bem, não me vou estender mais, até porque já estou cansada de repetir 'senhor engenheiro para cá', 'senhor engenheiro para lá'. É que o meu marido também é engenheiro e tenho receio de lhe ganhar cisma.
Esta carta não chegará até si. Vou partilhá-la apenas e só com os meus E-leitores (sim, sim, eu também tenho os meus eleitores) e talvez só por causa disso eu já consiga hoje dormir melhor. Quanto a si, tenho dúvidas.
Para terminar, tenho um enorme prazer em dedicar-lhe, aqui, uma estrofe do episódio do Velho do Restelo. Para que não caia no esquecimento. Nem no seu, nem no nosso.
'A que novos desastres determinas
De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
Debaixo dalgum nome preeminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias? '
Atenciosamente e ao abrigo do artigo nº 37 da Constituição da República Portuguesa,
Uma mãe preocupada"

É para ver, rir e pensar...

http://castanhas-e-vinho.blogspot.com/2008/10/tirando-carga-humorstica-do-filme-no.html

Não comento vejam.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Para o ovinho

Como sou boa menina faço os TPC- é favor ver http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.dre.pt/pdf1sdip/2008/01/01300/0057800594.PDF, artigo 22 o ponto 3 e respectivas alíneas e ficará devidamente esclarecido. Se fosse aplicado à risca corria bem mas eu explico talvez um dia como é k funciona efectivamente.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vamos lá todos unir e mostrar que somos mesmo uma classe

Venho hoje partilhar uma notícia do JN que mostra que unimos venceremos. Está nas mãos de quem efectivamente gere as escolas andar com este tipo de iniciativas para a frente. Vamos fazer-nos todos ouvir e sentir contra esta verdadeira palhaçada. Isto não traz nada a não ser desânimo e frustração numa carreira que se deve fazer muito por amor à causa que é ensinar, mas isto é simplesmente vergonhoso e castrador. E mais não digo sobre este assunto.
Educação: Professores de escola de Vila Real suspendem processo de avaliação Vila Real, 22 Out (Lusa) - Cerca de 130 professores dos 160 da Escola Camilo Castelo Branco, em Vila Real, decidiram suspender o processo de avaliação de desempenho, não entregando os seus objectivos, disse hoje fonte deste estabelecimento de ensino.
Os docentes aprovaram terça-feira uma moção contra o modelo de avaliação de desempenho aprovado pelo Governo que será enviada ao Presidente da República, Ministério da Educação, grupos parlamentares, Direcção Regional de Educação do Norte e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo a mesma fonte.
A professora Delfina Rodrigues, uma das promotoras da iniciativa, disse à Agência Lusa que os docentes não são contra a avaliação de desempenho mas sim contra esta fórmula de avaliação.
Por isso mesmo, e enquanto esta não for reformulada, os docentes da Camilo Castelo Branco "tomam a iniciativa de suspender a avaliação do desempenho, não entregando os seus objectivos", esclareceu.
Delfina Rodrigues explicou que, se entregassem os objectivos para este ano lectivo, os professores estariam a assumir um compromisso.
E, segundo a professora, são muitas as críticas dos docentes à avaliação que o Ministério da Educação está a pôr em prática "à revelia de toda uma classe" e que a docente considera ser "perversa".
"Os profissionais não rejeitam ser avaliados, mas exigem uma avaliação construtiva e não burocrática", salientou.
Delfina Rodrigues defendeu ainda que a avaliação não valoriza o currículo dos docentes, nomeadamente o seu investimento em formação pós-licenciatura, e avalia da mesma forma um docente que falta muito e outro que não falta.
A docente considerou ainda que a avaliação está concentrada no presidente do Conselho Executivo, pelo que é "muito subjectiva".
Na moção aprovada terça-feira pelos docentes da Escola Secundária com 3º ciclo Camilo Castelo Branco de Vila Real pode ler-se que a classe docente considera este modelo de avaliação "atabalhoado, desajustado, burocrático, anti-ecológico", devido à "quantidade de árvores que vai ser necessário abater para produzir pasta de papel suficiente para todas as evidências, grelhas, fichas que o modelo comporta e obriga".
O documento refere ainda que objectivos de todos os docentes estão definidos e passam, indiscutivelmente, pelo sucesso dos seus alunos.
Porém, acrescenta, "não está na sua mão garantir resultados", pois há que contar com todo um conjunto de factores, como o meio onde a escola está inserida, a situação socio-económica dos agregados familiares, a cultura de hábitos de trabalho ou a ausência dela, ou a falta de expectativas de alunos e encarregados de educação.
A 12 de Abril e na sequência de várias horas de negociação, sindicatos e Governo definiram os termos de um "memorando de entendimento", no qual ficou acordado que em 2007/08 o modelo avançava tendo em conta apenas quatro parâmetros, aplicados de forma universal em todas as escolas, mas que em 2008/09 seriam utilizados todos os procedimentos previstos no decreto-regulamentar, entre os quais estão a definição dos objectivos individuais dos professores.
PLI.
Lusa/Fim

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dá que pensar!!!

Segundo as últimas notícias, nos Açores, verificou-se um índice de abstenção superior aos 53 por cento.
Que povo é este que vê um Mundo em crise, um País em crise e nada pensa em fazer para melhorar a sua situação?
Será que esta gente não percebe que assim ficam a sobrer as consequências da escolha de alguns. Com que moral vem depois este povo reclamar quando nem se dá ao trabalho de ir votar.
É deprimente verificar a inércia deste povo para as coisas que realmente interessam. Se fosse pra ir ver o Tony Carreira (que não tenho nada contra note-se) nem pensavam duas vezes.
Enfim!!!

Porque será?

Será que temos um país assim tão mal informado, será que os nossos jovens estão assim tão mal informados?
Ou será isto um problema muito mais grave?
Já agora partilho com vocês um trabalho realizado com os meus alunos na disciplina de área de projecto. Talvez assim percebam que se calhar não é uma questão de falta de informação mas outro que eu não quero dizer qual.


domingo, 19 de outubro de 2008

Passo a citar




Este documento fui-me entregue por email, o qual passo a apresentar dado a forma clara como expõe toda esta farsa. Pena ter que ser um não docente a elaborar pois nós, não sei porquê, não nos podemos manifestar. Mesmo quando se dizem verdades na TV alguém maior que o simples professor aparece para contrariar numa tentativa inútil de fazer parecer o que ao contrário do que pensam está à vista de todos.

Passo a citar que vinha no email:
Podem não acreditar mas é verdade. Um funcionário não docente, membro do Conselho Pedagógico da sua escola, decidiu apresentar neste órgão uma proposta para suspendera avaliação de professores. O Presidente do Conselho Pedagógico alegou que a proposta pode não ser legal e adiou a discussão para a próxima quarta-feira, anunciando que vai pedir um parecer à DREC sobre o assunto. O funcionário em causa, a quem damos os nossos parabéns, pede ajuda jurídica para combater o pior que poderá vir desse parecer da DREC. Sabemos que o Conselho Pedagógico é livre de votar a proposta e decidir suspender a avaliação. A questão legal terá sempre que ser vista com o Conselho Executivo e nunca com o Pedagógico. O Documento é extenso, mas vale a pena ler:


Agrupamento de Escolas de Ovar
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Pedagógico
Eu, José Carlos Gomes Lopes, na qualidade de membro do Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas de Ovar venho ao abrigo do ponto 6 do Regimento do Conselho Pedagógico, propor a inclusão do seguinte ponto na Ordem de Trabalhos da próxima reunião deste órgão de gestão do Agrupamento, devidamente fundamentado. Proposta de tema a incluir na Ordem de Trabalhos do Conselho Pedagógico: SUSPENSÃO DA APLICAÇÃODO NOVO MODELO DE AVALIAÇÃO Exmo. Sr. Presidente do Conselho Pedagógico Agrupamento de Escolas de Ovar


PROPOSTA1 – Por se considerar a Avaliação de Desempenho um instrumento decisivo para o aprofundamento de competências e de práticas pedagógicas e científicas por parte dos docentes e, consequentemente, para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem;


Proposta 2 - Como ferramenta central e sensível da vida escolar, a Avaliação de Desempenho é um assunto demasiado sério, do qual depende o justo reconhecimento do empenho profissional dos docentes e a qualificação das aprendizagens escolares, não sendo, como tal, passível de se poder constituir como peça de estratégia política ou propagandística, seja ela qual for;


Proposta 3 - Deste modo, é imperiosa a necessidade de se instituir nas escolas um modelo de Avaliação do Desempenho dos professores que seja capaz de implementar, de forma séria, diferenciações qualitativas entre as práticas docentes e de promover, verdadeiramente, o sucesso educativo, sem deixar margem para arbitrariedades, desconfianças, incertezas ou propostas minimalistas de simplificação incerta e vazia de conteúdo;


Proposta 4 - Como tal, este Conselho Pedagógico é favorável à abertura de um amplo debate nacional que possa ser gerador de um consenso alargado entre professores, actores políticos, tutela e comunidades educativas, de molde a garantir-se a definição de um modelo de avaliação consistente, que possa ultrapassar a conflitualidade actual, motivar os professores, fomentar a qualidade do ensino e contribuir para o prestígio da escola pública;


Proposta 5 - O Modelo de Avaliação do Desempenho estatuído no Decreto Regulamentar nº 2/2008 não assegura a justiça e o rigor de que os professores e as escolas são devedoras, nem protege, necessariamente, a valorização dos melhores desempenhos. Assim, e em conformidade com o exposto, propõe-se a suspensão da aplicação do novo Modelo de Avaliação do Desempenho dada ainda a constatação do seguinte conjunto de limitações e de inconsistências:
a) A possibilidade efectiva deste Modelo de Avaliação do Desempenho colidir com normativos legais, nomeadamente, o Artigo 44º da Secção VI (Das garantias de imparcialidade) do Código do Procedimento Administrativo, o qual estabelece, no ponto 1, alíneas a) e c), a existência de casos de impedimento sempre que o órgão ou agente da Administração Pública intervenha em actos ou questões em que tenha interesses semelhantes aos implicados na decisão. Ora, os professores avaliadores concorrem com os professores por si avaliados no mesmo processo de progressão na carreira, disputando lugares nas quotas a serem definidas;
b)Também a imputação de responsabilidade individual ao docente pela avaliação dos seus alunos, cuja progressão e níveis classificatórios entram, com um peso específico de6,5% na sua avaliação de desempenho, configura uma violação grosseira, quer do Despacho Normativo nº 1/2005,o qual estipula, na alínea b) do Artigo 31º, que a decisão quanto à avaliação final do aluno é, nos 2º e3º ciclos, da competência do conselho de turma sob proposta do(s) professor(es) de cada disciplina/área curricular não disciplinar, quer do Despacho Normativo nº10/2004, o qual regula a avaliação no ensino secundário e estabelece, no nº 3.5 do Capítulo II, que "a decisão final quanto à classificação a atribuir é da competência do Conselho de Turma, que, para o efeito, aprecia a proposta apresentada por cada professor, as informações justificativas da mesma e a situação global do aluno.';
c) De rejeitar, são ainda os critérios que nortearam o primeiro Concurso de Acesso a Professor Titular, e da adequação técnica, pedagógica ou científica com que os mesmos foram exercidos, deixando de fora muitos professores com currículos altamente qualificados, com uma actividade curricular ou extracurricular excelente e prestigiada, marcada por décadas de investimento denodado na sua formação pessoal, na escola e nos seus alunos. Esta lotaria irresponsável gerou uma divisão artificial e gratuita entre "professores titulares" e"professores", criando injustiças insanáveis que minam, inelutavelmente, a credibilização deste modelo de avaliação do desempenho.
d) Este Modelo de Avaliação do Desempenho, é igualmente condenável, porque, além de configurar uma arquitectura burocrática absurda e desajustada daquilo que é relevante no processo de ensino/aprendizagem, possa desencadear, no quotidiano escolar, processos e relações de extraordinária complexidade e melindre, mercê de contingências disparatadas, como os avaliadores de hoje serem avaliandos amanhã, e vice-versa, avaliadores com formação científico-pedagógica e académica de nível inferior aos avaliandos, ou ocorrerem avaliações da qualidade científico-pedagógica de práticas docentes empreendidas por avaliadores oriundos de grupos disciplinares muito díspares (os quais, nem sequer foram objecto de uma formação adequada em supervisão e avaliação pedagógica, quanto mais científica);
e) O Ministério da Educação não está em condições de poder assegurar às escolas que muitos dos avaliadores possuam, além das competências de avaliação requeridas, uma prática pedagógica modelar, ou apenas razoavelmente bem sucedida, nos parâmetros em que avaliam os colegas. Em contexto escolar, parece-nos anti-pedagógico e contra producente impor a autoridade por decreto, a partir de uma cegueira autocrática;
f) Ao contrário da convicção dos responsáveis pela área da Educação, considera-se quenão é legítimo subordinar, mesmo que em parte, a avaliação do desempenho dos professores e a sua progressão na carreira, ao sucesso dos alunos e ao abandono escolar (Decreto Regulamentar nº 2/2008, Artigo 8º, ponto1, alínea b), desprezando-se uma enormidade de variáveis e de condicionantes que escapam ao controlo e à responsabilidade do professor, tendo em conta a dificuldade fáctica em ponderar, objectivamente, a diversidade e a incomparabilidade de casos e situações. Desta forma, criam-se condições desiguais entre colegas – por exemplo, as turmas são constituídas por alunos com diferentes motivações e especificidades; há disciplinas em que a obtenção de sucesso está mais facilitada, pelo que os resultados da avaliação dos alunos serão comparados entre disciplinas com competências e níveis de exigência totalmente diferentes;
g) Deveria ser incontestável que os resultados dos alunos visam avaliar, tão-só, os próprios alunos, a partir de uma notável diversidade de critérios, como conhecimentos adquiridos, empenho, assiduidade, condutas e valores, os quais variam na definição e na percentagem atribuídas por cada escola. Outra coisa diferente e admissível é a existência de avaliações externas dos níveis de sucesso e de insucesso das escolas, enquanto instrumentos de reflexão e de intervenção com vista à melhoria de resultados;
h) Tendo em conta o afirmado anteriormente, existem dinâmicas sociais e locais, cujo impacto nas escolas é real, mas de mensuração difícil e, como tal, não se encontra estudado ao pormenor (como pressupõe o Modelo de Avaliação do Desempenho), relativamente às quais os professores são impotentes, não podendo assumir, naturalmente, o ónus por contingências que os transcendem, como sejam: as acentuadas desigualdades económico-sociais que afectam a sociedade portuguesa; o elevado número de jovens que vivem em situação de pobreza, em famílias desestruturadas ou cujos pais são vítimas de desemprego ou de ocupações precárias e mal remuneradas; a "guetização" de certas áreas residenciais, indutora de formas de socialização desviantes, de marginalidade e, consequentemente, de indisciplina na escola; a existência de elevados défices de instrução e de literacia entre os pais de muitos jovens que frequentam a escola; a falta de tempo, de motivação ou de saberes que permitam aos pais efectuar o acompanhamento escolar dos filhos ou, sequer, incutir-lhes o valor da aprendizagem escolar; as pressões familiares ou sociais para o abandono precoce da escola em troca de expectativas de trabalho e de remuneração. Além destas tendências, não podemos negligenciar as desiguais condições das escolas, nomeadamente, ao nível da qualidade e disponibilidade de equipamentos, da distribuição de alunos, quer com problemas e dificuldades acrescidas, quer com distintas resistências à disciplina e à aprendizagem, bem como ao nível dos suportes de acompanhamento psicopedagógico dos casos mais difíceis, para se darem apenas alguns exemplos;
i) É de recusar a rigidez e a inflexibilidade, meramente administrativas, nos critérios para a obtenção da classificação de Muito Bom ou de Excelente, penalizando o uso de direitos constitucionalmente protegidos, como ser pai/mãe, estar doente, acompanhar o processo educativo dos filhos, participar em eventos de reconhecida relevância social ou académica, acatar obrigações legais ou estar presente nos funerais de entes queridos;
j) A complexidade e a variedade dos saberes, das ferramentas e dos recursos mobilizados, pode conferir à docência de alguns professores uma extraordinária multicomponencialidade, a qual não é susceptível de, em muitos casos, poder ser adequada e seriamente avaliada por um único docente avaliador. Em outras situações, os parâmetros da avaliação podem postular a utilização de recursos inovadores que muitas escolas não estão em condições de assegurar ou mobilizar;
l) Este Modelo de Avaliação do Desempenho produz um sistema, prevalentemente, penalizador e não performativo de futuros desempenhos, além de que não discrimina positivamente os docentes que leccionam ou desenvolvem projectos com as turmas mais problemáticas e com maiores dificuldades de aprendizagem. É pois perante todos estes argumentos que o Conselho Pedagógico toma a decisão de suspender a sua participação em toda e qualquer iniciativa relacionada com a avaliação do desempenho à luz do novo Modelo de Avaliação do Desempenho na defesa da qualidade do ensino e do prestígio da escola pública.
25/09/2008Subscritor da proposta: José Carlos Lopes


Representante dos Não Docentes no Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas de Ovar

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A “desesperança” futebolística

Bem não podia deixar de manifestar o meu desagrado pela prestação vergonhosa da nossa selecção, dita de esperanças, na passada quarta feira. Raríssimas são as vezes que vou a um estádio de futebol, mas na passada quarta feira, juntamente com os meus alunos fomos ver a selecção.
É lastimável que fulanos que ganham milhares por dia não rasguem o chão por onde passam quando vão atrás de uma bola.
Como é que não se há-de ficar deprimido!
Temos que nos matar para conseguir sobreviver a uma Crise Nacional (Mental e Financeira) e por outro lado fulanos que têm tudo aos pés terem prestações vergonhosas como aquela. Depois ficam ofendidos pelos assobios dos adeptos. Como não levam pedradas não se queixem. DEPRIMENTE.
Se o Mundo fosse justo, em primeiro lugar não recebiam aqueles valores, em segundo lugar quando fazem aquelas porcarias deviam ficar no mínimo o mês sem receber.
Haja respeito por quem trabalha!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Amália


Apesar do atraso aqui fica a minha homenagem a esta Mulher cheia de garra e graça...

Lágrima

Cheia de penas me deito
E com mais penas me levanto
Já me ficou no meu peito
O jeito de te querer tanto

Tenho por meu desespero
Dentro de mim o castigo
Eu digo que não te quero
E de noite sonho contigo

Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile no chão
E deixo-me adormecer

Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar

Amália Rodrigues





Aiai