terça-feira, 16 de setembro de 2008

Tertúlia

Ontem um pouco por acaso fui parar a uma tertúlia organizada pelo PSD, no auditório da Câmara Municipal cá da terra, sobre os novos modelos de organização escolar e a passagem de grande parte dos poderes para as câmaras municipais.

Em primeiro lugar questiono-me porque o Sr. Dr. responsável pelo pelouro da educação e cultura não se mostrou presente uma vez que apesar de organizado pelo PSD é sempre interessante quando há um debate de ideias numa temática que lhe devia ser de interesse.
Por outro lado questiono o que lá fui fazer se saí de lá (e tenho que confessar que não aguentei até ao fim) com a sensação que tudo não passa de profunda demagogia/treta.
Eu digo-vos onde estão os problemas das nossas escolas de forma simples e directa.
Como Dr. Pedro Duarte do PSD disse no nosso país entre os 25 e 34 anos existem 40% de pessoas com o ensino secundário. Ora é fácil de ver que temos uma grande percentagem de pais sem qualquer preparação para dar o apoio necessário aos filhos e não digam que não é importante. Não sendo suficiente, grande parte desses pais vivem de subsídios e rendimentos auferidos por nada fazerem só porque nasceram pobres e continuarão pobres porque até pode ser confortável. Mais grave que tudo isto, no antigamente, os pais eram pobres e com pouca cultura mas tinham a noção de educação, hierarquias, respeito pelos mais velhos e por aí adiante, os professores eram ícones nacionais, vistos pelas crianças como alguém ao qual tinham que dedicar todo o respeito, alguém que podia dar-lhes algo mais nas suas vidas. Aquele algo que os pais não tiveram e eles podiam vir a ter.

Que adianta tantas oportunidades se são oportunidades falsas, ilusórias, desrespeitantes para as partes envolvidas?!

Temos sim que mudar este panorama, mas podem dar cursos a toda a gente que tanto PS, como PSD e todos os restantes membros da nossa assembleia sabem que só irão conseguir quando derem aos professores e às escolas o crédito de rigor que sempre tiveram, associado a isso oportunidades de emprego, prosperidade, coisas que têm faltado a quem se tem dedicado a querer ser melhor.

Para quê dedicar 25 anos da minha vida a estudar, a querer ser melhor se podia bem ter começado a trabalhar com 14 anos, já ter casa, família e emprego fixo, tirar o 12º em 3 ou 6 meses e depois quiçá um curso superior. Não, feita parva optei por querer ser mais alguém e não tenho nada, tenho um canudo que nem 1000€ vale por mês, não posso comprar casa porque não tenho emprego estável e fixo, constituir família e pró ano ir trabalhar pró Algarve ou Angola. Como dizia o tal Dr. Pedro Duarte isto não é genético mas é sina só pode.

Somos um país de tristes que achamos que somos bons, não passamos de uns coitados. Esperem uns 10 anos para ver como vai ser quando esta massa bruta nos começar a governar, quando começarmos a ter médicos, enfermeiros, professores, engenheiros de novas oportunidades, de currículos alternativos e adaptações curriculares.
Sim porque olho prós políticos à minha volta e salvo rara excepção foram excelentes estudantes membros de associações de estudantes, taberneiros e altamente sociais mas que pouco ou nada fizeram a não ser garantir os seus lugares de poleiro junto dos que mandam, daí eles serem a favor de oportunidades, coisas que certamente nunca lhes faltou. Não concordo com um outro Dr que lá falou, que disse que há bons políticos, que eles não são todos iguais. Apresentem-me um diferente que eu retiro o que digo aqui.
A minha geração rotulada rasca e à rasca está hoje a ter o reflexo dos pais e governantes rascas que muitos tinham na altura e a gravidade não era tanta como a de hoje. Geração à rasca que muitos são hoje pais e mães à rasca. Que futuro garantem a estes jovens(pais e filhos)? Que oportunidade de futuro lhes/nos querem dar? Digam a verdade por favor....
Quanto a passarem parte do poder para as Câmaras só vejo vantagem se as mesmas fizeram das escolas centros de qualidade e poderem em conjunto dar às comunidades locais pessoas com formação nas áreas que irão dar mais valias à região e zonas limítrofes. Tipo se precisamos de pedreiros formar pedreiros, se precisamos de electricistas formar electricistas, se precisamos de energias renováveis, formar técnicos. De forma a dar às pessoas da terra oportunidade na terra de poderem cá trabalhar, fazendo algo de útil.
Nota: Isto não tem nada a ver com partidos políticos(não tenho nenhum), tem a ver com a falta de sumo que se tira destas coisas. E o meu desabafo prende-se com a falta de ideias, nada vi de novo lá que toda a gente ligada ao assunto ou minimamente informada não tenha visto. Nada vezes nada. É só esse o problema.

sábado, 6 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Regresso às aulas



Ora aqui estamos pra mais um ano lectivo...

Vamos lá ver o que nos reserva...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Acordo ortográfico


Podemos todos ajudar

De fato, este meu ato refere-se à não aceitação deste pato com vista a assassinar a Língua Portuguesa.

Por isso... Por não aceitar este pato... Também não vou aceitar ir a esse almoço para comer um arroz de pato...


A esta ora está úmido lá fora... Por isso, de fato lá terei hoje de vestir um fato...



Concordas com o modo de escrever acima exemplificado?

Se não concordares, clica no link seguinte e assina:

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Grito

Irra para tanta desconsideração. Todos os anos a mesma coisa, será que o Ministério da Educação não poderia ter mais um pouco de respeito pelas suas gentes e publicar as colocações com uns dias de antecipação em relação ao início das actividades do ano lectivo que se aproxima. Sair as colocações dia 29 de Agosto quando temos que nos apresentar dia 1 de Setembro é de tal forma desrespeitoso que nem tenho nome feio para classificar isto. (Ter até tenho mas aqui não fica bem :s)