"Só uma escola exigente pode ser uma escola inclusiva."
Paulo Rangel
Enquanto não se perceber isto continuaremos a regredir como se tem verificado nos últimos anos.
Exigência e rigor com o ensino não é atribuir aos professores funções de escriturários ( que não tenho nada contra), não sendo de todo essas as suas funções. Não é com toneladas de papeis gastos inutilmente que se torna o ensino fiável e eficiente como tanto se vangloriam. Sabendo toda a gente a forma como hoje as coisas se processsam dentro das escolas, só alguém com muita falta de visão pode achar que está a fazer um excelente trabalho em prol da comunidade.
Haja vergonha.
1 comentário:
...absolutamente de acordo!...quando entrei para a 1.ª classe (nesse tempo o MEducação ainda não perdia tempo com "números de polícia") cada vez que o Sr. professor entrava na sala, levantávamo-nos todos e dizíamos em uníssono bom dia "Sr. Professor". Hoje em dia vocês dão 5 a 10 minutos antes da poeira assentar. Quando queríamos responder ou falar levantávamos o braço para responder, hoje em dia vocês ou berram, ou saem ou então são interrompidos pelo telemóvel (aí Carolina Michaelis!). Naquele tempo eras castigados, os nosso país eram chamados à atenção e um puxão de orelhas profilático ou uma reprimendas pelo director era remédio santo, hoje em dia vocês têm que engolir sapos e uma participação é um monte de papelada, para no final serem alvo de chacota dos alunos e de ofensa por parte dos pais da pobres vítimas. No meu tempo chumbava-se, agora passa-se administrativamente ou então o professor está metido numa alhada - por um lado a vossa DREN cai-vos em cima por via da classificação, por outro são inundados com papéis e mais papéis. Antigamente a escola era "A Escola", hoje em dia é um ‘part-time’ chato para alguns. Antigamente aprendia-se e havia competição saudável, o mérito era sinal de sucesso. Hoje quem não entra no esquema ou na onda é ‘nerd’ não que no meu no meu tempo não o houvesse, mas...enfim! na província, o professor era respeitado, disse era! hoje é um pobre coitado que muitas das vezes está longe de casa e da família por uma questão de pontuação de um qualquer concurso...e muito mais haveria de dizer. De quem é a culpa!?...do mexilhão! Serei retrógrado!? Estou errado?, estarei ser demasiado, quiçá saudosista!?...talvez o problema este ano tenha sido o facto de as abébias terem ido para a matemática e alguém no MEducação se tenha esquecido do português...este ano génios na álgebra, amanhã sobredotados na prosa. A bem da nação e das estatísticas.
O curioso é que ainda não vi nenhum professor (daqueles que aqui estiveram aos milhares) a reclamar sobre o nível de exigência dos exames deste ano!
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